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BRICS: Vietnã deve aceitar parceria em reunião – 11/06/2025

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BRICS: Vietnã deve aceitar parceria em reunião – 11/06/2025

Vietnã Se Une aos BRICS: O Que Esperar Dessa Parceria?

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Resumo: O governo do Vietnã anunciou sua intenção de se tornar parceiro dos BRICS, o que deve ampliar a lista de países envolvidos na aliança. A expectativa é que o primeiro-ministro Phạm Minh Chinh formalize essa parceria em uma reunião no Rio de Janeiro, onde o Brasil exerce a presidência do bloco. Neste artigo, discutimos o significado dessa adesão, a diplomacia do Vietnã e as ramificações para o cenário internacional.


O Vietnã sinalizou sua intenção de se tornar parceiro dos BRICS nas próximas semanas. Essa decisão pode ser um divisor de águas para a diplomacia vietnamita e para o bloco, que busca consolidar sua influência na arena internacional. A expectativa é que o primeiro-ministro Phạm Minh Chinh faça o anúncio durante uma reunião de líderes do BRICS no Rio de Janeiro, prevista para o início de julho. Essa expansão é significativa, pois deve elevar o número de países parceiros para dez.

Atualmente, o BRICS é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul como membros plenos. Recentemente, países como Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã também ingressaram no grupo. A inclusão do Vietnã como parceiro traz um novo significado para o bloco, que busca se fortalecer diante das tensões geopolíticas globais. Para mais informações sobre a história do BRICS, acesse nosso artigo sobre a ascensão do bloco.

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O status de país parceiro foi introduzido no ano passado como uma solução de compromisso para os membros que estavam divididos quanto a uma nova expansão do grupo. Esse status, embora inferior ao de um membro pleno, é visto como uma porta de entrada para uma futura adesão integral. Entre os países que atualmente ostentam esse título estão Belarus, Bolívia e Cazaquistão, refletindo uma diversidade que pode beneficiar o BRICS ao aumentar sua representatividade.

O anúncio do governo vietnamita chega em um momento crucial. O presidente Lula, que lidera o Brasil na presidência do bloco, já havia estendido um convite ao Vietnã durante sua visita a Hanói em março. Essa interação diplomática é um reflexo da nova abordagem brasileira nas relações internacionais, priorizando laços com nações emergentes e buscando maior cooperação em questões como saúde, investimento e governança de inteligência artificial.

É importante ressaltar que a diplomacia do Vietnã, muitas vezes descrita como "diplomacia do bambu", enfatiza a independência em relação às grandes potências. O país resistiu ao convite anterior para se juntar aos BRICS, mas a mudança recente de postura sinaliza um desejo de ampliar suas relações internacionais sem subordinar-se a blocos mais estabelecidos. Para uma análise mais profunda sobre a diplomacia do Vietnã, leia nossa matéria sobre as relações internacionais do país.

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A adesão do Vietnã ao BRICS pode também influenciar a dinâmica interna do bloco. Em uma série de reuniões previstas, o governo brasileiro busca evitar uma nova rodada de expansão, priorizando a consolidação do bloco e de suas regras internas. No entanto, a entrada do Vietnã é vista de maneira diferenciada, já que o país havia demonstrado interesse em uma participación mais ativa desde o início.

Contudo, nem todas as nações podem ter o mesmo destino. Durante a cúpula de Kazan, em 2022, os convites para Arábia Saudita, Argélia e Turquia criaram polêmicas e tensões, especialmente no caso da Turquia, que faz parte da OTAN e buscava um status pleno no BRICS. A dinâmica de poder e a questão da segurança internacional devem ser consideradas conforme o bloco evolui.

Além disso, a decisão do governo Lula de vetar a entrada da Venezuela como membro também trouxe à tona debates sobre a coerência da política externa brasileira e as relações com o governo de Nicolás Maduro, atualmente em crise. Para saber mais sobre a situação da Venezuela no BRICS, acesse nosso artigo sobre o veto e suas implicações.

Curiosidades sobre a Adesão do Vietnã aos BRICS

  1. Diplomacia do Bambu: O Vietnã adota uma abordagem diplomática que prioriza a independência e flexibilidade nas alianças internacionais.
  2. Membros Plenos: Além do Vietnã, os BRICS agora incluem Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Indonésia e Irã, formando um grupo diverso.
  3. Parceria Estratégica: O status de parceiro permite que países participem de algumas atividades do bloco sem o envolvimento total nas decisões.
  4. Relações com a Venezuela: A entrada do Vietnã acontece em um momento em que o Brasil restringe a participação de outros países, como a Venezuela.
  5. Efeito Regional: A inclusão do Vietnã pode fortalecer ainda mais a posição do BRICS na Ásia, tornando-se um polo influente na política regional.

A entrada do Vietnã como parceiro dos BRICS marca um momento decisivo tanto para a nação quanto para a aliança, refletindo mudanças nas dinâmicas de poder e cooperação internacional. O futuro da parceria ainda é incerto, mas as possibilidades são promissoras para um bloco que busca à frente uma maior relevância no cenário global.