O Crescimento do Consumo de Cerveja no Brasil: Perspectivas e Desafios

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O consumo de cerveja no Brasil alcançou níveis de países maduros, com uma média de 75 litros por pessoa ao ano. Carlos Lisboa, o novo CEO da Ambev, acredita que há uma grande oportunidade de crescimento. Neste artigo, discutimos a visão de Lisboa sobre o futuro do mercado cervejeiro brasileiro, as comparações com outros países da América Latina e os desafios a serem superados.

O Consumo de Cerveja no Brasil

O brasileiro consome cerca de 75 litros de cerveja por ano, próximo dos 80 litros do México e Colômbia, e os 90-100 litros em mercados como os Estados Unidos e na Europa. Contudo, segundo Carlos Lisboa, há espaço para crescimento. “A ideia de que o Brasil chegou ao limite é muito míope”, afirma o executivo.

Em um cenário onde o consumo semanal médio é de duas vezes, Lisboa aponta que o México e a Colômbia já registram três ocasiões. Ele enfatiza a importância de educar os consumidores brasileiros a adotar a cerveja em diferentes ocasiões, algo comum em outros mercados.

O Potencial de Crescimento

Lisboa argumenta que a estagnação percebida no consumo não reflete a realidade. O Brasil, com sua história rica em cervejas, ainda tem um delta desfavorável em comparação a outros países emergentes. “A cerveja é um produto local, próximo ao nosso jeito de viver, mas precisamos levar em consideração que o hábito de consumi-la nas refeições, por exemplo, ainda é pouco explorado”, explica Lisboa, referindo-se aos vizinhos.

Existem também desafios como o crescimento da população evangélica e da Geração Z, que tendem a consumir menos álcool. “Por isso, precisamos desenvolver marcas zero álcool e educar o mercado”, complementa.

Em relação às margens, a Ambev enfrentou uma redução do EBITDA, mas Lisboa está focado em um plano de recuperação eficaz. “Estamos revivendo a memória do que já foi um ponto forte”, diz ele, referindo-se à otimização na produtividade e à inovação em produtos.

A Competição e a Tecnologia

O CEO também menciona a necessidade de acompanhar as tendências de consumo, principalmente no segmento premium. A Heineken, por exemplo, dominou essa área no Brasil, e a Ambev precisa oferecer uma diversidade que atenda as novas preferências dos consumidores. “Estamos em um jogo de marcas, e isso inclui inovação constante”, afirma Lisboa.

Além disso, ele destaca como as plataformas digitais podem potencializar o modelo de negócio. A transformação digital traz oportunidades tanto para novos produtos quanto para eficiência operacional, o que pode aumentar a competitividade no mercado.

Desafios Futuros

Lisboa observa que, como líderes de mercado, é fundamental que a Ambev continue a inovar e a interagir com os consumidores de maneira a aumentar não só a frequência de consumo, mas também a percepção da marca. A comunicação com as novas gerações e a adaptação às suas preferências será crucial.

Já estão em andamento investigações para aumentar o portfólio e fortalecer a presença digital, garantindo que a Ambev não apenas se mantenha relevante, mas também conquiste novas fatias de mercado.

5 Curiosidades sobre o Mercado de Cerveja no Brasil

  1. Consumo em Crescimento: O consumo de cerveja no Brasil é de 75 litros por cabeça ao ano, semelhante a outros países em desenvolvimento.
  2. Educando Consumidores: Carlos Lisboa destaca a necessidade de educar o consumidor brasileiro sobre o consumo da cerveja nas refeições.
  3. Densidade do Mercado: O mercado brasileiro possui uma grande afinidade com a cerveja, sendo um dos produtos mais amados do país.
  4. Cerveja Zero: O crescimento da bebida sem álcool teve um aumento de 40% no primeiro trimestre.
  5. Transformação Digital: O uso de plataformas digitais, como Zé Delivery e BEES, está integrado na estratégia de crescimento da Ambev.

O Brasil, portanto, não está no fim do seu potencial de consumo de cerveja, mas em um momento crucial de transformação e inovação que pode levar o setor a novos patamares.

Hedmilton Rodrigues é o nome por trás do Movimento Country, o portal pioneiro da música sertaneja desde 1999. Radialista de alma, já passou pelas ondas da Transamérica e da Cidade FM. Hoje, como empresário e roteirista, segue misturando talento, microfone e boas histórias com sotaque do sertão