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Google informa ao STF que não pode fornecer dados da “minuta do golpe”

Google informa ao STF que não pode fornecer dados da "minuta do golpe"

Google Brasil não atenderá pedido do STF sobre “minuta do golpe”

Resumo: Google Brasil informa ao STF que não pode fornecer dados do responsável pela “minuta do golpe” devido à falta de URL específica. Entenda os detalhes do caso e as implicações para a justiça.

O Google Brasil comunicou nesta quarta-feira (18) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que não conseguirá atender à determinação de fornecer dados sobre a pessoa responsável pela publicação da chamada “minuta do golpe” na internet. A justificativa da gigante da tecnologia é a ausência de uma URL específica que a vincule ao conteúdo em questão, o que impossibilita a identificação do responsável.

A gigante do setor ressalta que, como provedor de buscas, o Google apenas indexa páginas de terceiros, e que a informação solicitada deve ser tratada diretamente com os administradores dos sites que publicaram o conteúdo. “Nesse contexto, a presença de determinado resultado no buscador não demonstra vinculação daquele conteúdo com sites hospedados ou vinculados a serviços da Google”, afirmou a empresa em um pronunciamento oficial.

O caso remonta a uma determinação de Moraes, que exigiu que o Google fornecesse os dados do interessado em 48 horas. Essa decisão surgiu em resposta a solicitações da defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, que argumenta que uma perícia é necessária para estabelecer se o documento encontrado na residência de Torres corresponde ao que circula na rede. O foco da argumentação é permitir que, com essa prova, a defesa possa discernir a responsabilidade de seu cliente em relação ao documento.

As informações que estão sendo solicitadas estão ligadas a uma série de diligências adicionais apresentadas pelos réus do núcleo central da investigação no STF. O prazo para esses pedidos, que foi de cinco dias, já se esgotou na última segunda-feira (16), complicando ainda mais a situação de Torres e a ação penal em andamento.

Além do aspecto jurídico, a questão revela também a complexidade do papel das plataformas digitais na disseminação de informações. A dualidade entre a liberdade de expressão e a responsabilidade sobre o conteúdo compartilhado está mais em evidência do que nunca, especialmente em casos que envolvem investigações sensíveis.

Curiosidades sobre o caso

  1. Minuta do Golpe: O termo refere-se a um documento que teria supostamente elaborado uma estratégia para um golpe político no Brasil.
  2. Investigação em Andamento: O caso da "minuta do golpe" é parte de uma rápida e complexa investigação sobre tentativas de desestabilização política.
  3. Impacto Legal: As plataformas digitais estão cada vez mais sendo chamadas a prestar contas por conteúdos hospedados em suas redes.
  4. Caso de Grande Repercussão: A situação reflete as tensões atuais entre autoridades e corporações de tecnologia no Brasil.
  5. Ex-ministro Envolvido: Anderson Torres, principal figura na defesa, ocupou cargos importantes durante o governo anterior e seu envolvimento levanta questões sobre a ética política.

Por fim, evidenciar a responsabilidade das plataformas digitais é essencial para um debate mais amplo sobre liberdade de expressão e as implicações legais que vêm com ela.

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